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Memória de Florianópolis - O centenário de Domingos Fossari
Memória de
Florianópolis - O centenário de Domingos Fossari
Exposição de
caricaturas em Brusque marca o primeiro ato de comemoração dos 100 anos do
grande artista, que retratou Florianópolis como ninguém
Carlos
Damião
Florianópolis 1 de Serembro 2014
Jornal Notícias do Dia
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A exposição em Brusque esteve sob a coordenação da CASA DE BRUSQUE teve a curadoria em Brusque de Vania Gevaerd professora de Artes do Museu Azambuja e coordenação Dr. João José Leal ( orador),Anamaria Soprano Leal,Luciana Paza Tomazi e Aldonei da Silva Lopes.Contou com o apoio da Fundação Cultural de Brusque e participou da Semana de Aniversário de Brusque,PMB.
*complemento informações para o blog por carmen fossari
Domingos Fossari nasceu em Itaqui, no Rio Grande do Sul, em 25 de novembro de 1914. Veio para a capital catarinense em 1943, trabalhando aqui como desenhista do Serviço de Proteção da Malária, do qual era funcionário. Foi chargista, ilustrador e caricaturista (publicou o livro "Assim os vejo, homens do meu tempo") em jornais e na publicidade. Também ilustrou obras científicas, com incrível precisão de detalhes, como a bromélia que também reproduzimos na coluna, dos tempos em que atuou ao lado do botânico padre Raulino Reitz, em Itajaí.
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Durante anos, Fossari dedicou-se a desenhar em bico de pena cenários e prédios históricos de Florianópolis, muitos deles desaparecidos, mas recuperados na prancha do artista a partir de fotos ou outras ilustrações. Resgatou Desterro e agrupou esses trabalhos no livro “Florianópolis de Ontem”, editado pela Fundação Catarinense de Cultura em 1978 e, infelizmente, esgotado há muitos anos. São 121 desenhos, legendados pelo médico e historiador Osvaldo Rodrigues Cabral, seu grande amigo.
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Entre caricaturas, charges, desenhos, ilustrações, pinturas sobre tela e obras em aquarela, foram milhares de trabalhos, muitos dos quais conservados pela família, outros espalhados por Santa Catarina, pelo Brasil e pelo mundo. Obcecado pela arte, avesso a badalações, embora fosse amigo de grandes artistas e intelectuais de seu tempo, Fossari trabalhava em casa, sempre ao lado da família.
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Sobre a escolha de Brusque para a exposição, justificaram seus filhos: “Assim magicamente as energias das artes e da história vieram à epiderme do sentimento, com a certeza de que era isso que Fossari gostaria, que sua arte estivesse mais uma vez na terra onde seu coração encontrou o amor e tantas amizades”. O artista morreu em Florianópolis, em 15 de maio de 1987.
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Por uma questão de justiça e homenagem, a prefeitura de Florianópolis deveria promover uma exposição comemorativa ao centenário de Domingos Fossari. Ainda dá tempo. E seria importante para que as novas gerações conhecessem um pouco da grandiosidade de sua arte.
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